Quais tipos de fundo de investimento existem?

Vamos te ajudar a entender melhor os fundos de investimentos para que você possa buscar a melhor opção para você.

Índice

Os fundos de investimento são uma forma de investir bastante comum no mercado financeiro e existem diversos produtos disponíveis. Podem ser uma boa opção para diversificar sua carteira sem fazer grandes esforços, na medida em que você delega a gestão do dinheiro para o gestor do fundo.

Se você está pensando em investir em um fundo, mas não sabe avaliar as opções, leia este post!

Vamos te ajudar a entender melhor os fundos de investimentos para que você possa buscar a melhor opção para você.

Veja alguns assuntos que vamos abordar:

 

Boa leitura!

 

O que é um Fundo de Investimento?

Para saber o que é um fundo de investimento precisamos entender o motivo porque ele foi criado.

Imagine que você é um professor de física, um empresário do setor de construção, ou exerça qualquer outra atividade que não envolva investimentos. Considere ainda que você é uma pessoa disciplinada e começou a juntar dinheiro para algum objetivo, seja comprar uma casa, aposentadoria ou a escola das crianças.

Por precisar se dedicar ao seu oficio, você não tem tempo para se dedicar ao estudo de produtos de investimento disponíveis e nem tempo para monitorar o mercado, para tentar capturar as oportunidades intermitentes que aparecem.

Identificando esta necessidade, apareceram pessoas, vamos chamá-las de gestores, que tiveram a brilhante ideia de vender este serviço. Na época, as pessoas diligentes faziam uma pesquisa sobre o histórico deste gestor, buscando subsídios que indicassem que o mesmo cuidaria bem do seu patrimônio e, por fim, decidiam se investiriam ou não com o mesmo.

À medida que o tempo foi passando, os gestores foram se multiplicando adquirindo mais e mais clientes e este aumento de suas carteiras de clientes lhes propiciaram ganhos de escala. Agora eles conseguem identificar grupos de clientes que tem o mesmo objetivo e aptidão ao risco, facilitando seu trabalho, construindo então carteiras especificas para determinados grupos de investidores, e não para cada investidor, um a um.

Bom, esta anedota acima é um exemplo de gestão amadora e embrionária, provavelmente, foi o primeiro passo para o desenvolvimento do mercado de fundos de investimento.

Com o aumento do aparecimento dos “gestores”, o mercado de terceirização de investimento foi se profissionalizando, e hoje no mais alto grau de desenvolvimento, temos os Fundos de Investimento, que são altamente regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Hoje, um fundo de investimento profissional tem em sua composição diversos agentes que, dentre outras funções, garantem a segurança, integridade e capacidade de gestão do seu dinheiro. Podemos elencar alguns destes agentes:

O Administrador é um agente regulado pelo Banco Central e CVM. É responsável pela administração dos custos e serviços que o fundo demanda para manter sua operação, como gestão, emissão de novas cotas, relatórios e balancetes, operações financeiras, elaboração do regulamento, assembleias, comunicação com os cotistas e etc.

O Gestor é o profissional, pessoa jurídica ou física, responsável por executar os investimentos do fundo de acordo com a política de investimento descrita no regulamento. Para ser um gestor autorizado pela CVM é necessário passar por exames certificadores de conhecimento, pesquisas de histórico de conduta, não pode ter sido condenado por crimes financeiros, entre outros.

O Auditor é uma entidade independente, contratada pelo administrador e responsável por investigar e constatar que todos os agentes estão atuando conforme as leis e regulamento do fundo.

 

Em resumo, o Fundo de Investimento é um condomínio autorizado para funcionar pelo regulador (CVM), com o intuito de oferecer a terceirização de investimento com segurança, eficiência e integridade para pessoas como você, que desejam diversificar seus investimentos, delegando parte dessa gestão para profissionais especializados.

 

Esta estrutura do mercado de fundos obviamente custa dinheiro e é financiada pelas taxas de administração e performance cobradas pelo fundo. Mas o retorno compensa, pois garante que existam restrições, às vezes até severas punições, para que os gestores e administradores entreguem o prometido nas lâminas e regulamentos dos fundos. Assim quando você investe em um fundo de investimento classificado como, por exemplo, renda fixa curto prazo, você tem as garantias de que o fundo investirá em ativos pertinentes ao risco de renda fixa, evitando correr riscos que você não compactua ou espera de determinado fundo, por exemplo, renda variável.

Ou seja, toda esta estrutura e esforço tornam o mercado de fundos de investimentos seguro, integro e confiável para que os investidores como você, possam desfrutar de seus benefícios com a tranquilidade esperada.

 

Quais tipos de Fundo de Investimento existem?

Neste capitulo vamos abordar as características e tipos de fundos de investimento.

 

Fundos fechados X Fundos abertos

Os fundos abertos aceitam a entrada e saída de novos investidores, ou seja, o fundo esta aceitando captações e resgates. O fato de aumentar ou reduzir constantemente seu tamanho, com as saídas e entradas de investidores, acaba por prejudicar a implementação de sua politica de investimento, e este é um fator determinante na decisão do gestor quando opta por deixar o fundo aberto. Normalmente estes fundos tem prazo de duração indeterminado.

Caso um fundo aberto tenha um crescimento sustentável, de tal forma que o fundo atinja um volume que torna impossível a alocação de seus ativos de maneira eficiente, por exemplo, ele invista em ativos de empresas Small Caps (empresas pequenas), o fundo pode solicitar, perante o regulador (CVM), a transformação para um fundo fechado.

Os fundos fechados são fundos constituídos como tal ou que cresceram de modo que não comportam novas captações sem prejudicar sua performance. Estes fundos não permitem novas captações e resgates e tem prazo de duração determinado. Ou seja, ou o investidor aguarda até que o prazo do fundo termine para sacar, ou procura outro investidor que tenha interesse no fundo e transfira suas cotas. De forma a facilitar a troca de titularidade das cotas, alguns fundos podem ser negociados em bolsa, igual ações. Quando o fundo é negociado em bolsa, dá-se o nome de ETF (Exchange Traded Funded), quando não, é um fundo convencional fechado sem determinação especifica.

 

Fundos Ativos X Fundos Passivos

Fundos passivos são fundos que tem como mandato montar carteiras de investimento que espelhem o mais próximo possível os rendimentos de determinado índice de referência.

Fundos passivos se beneficiam de estrutura de custos menores por demandarem menos recursos para funcionar. Esta característica culmina em taxas de administração mais baixas e, normalmente, não incluem taxa de performance.

Os fundos passivos são avaliados conforme sua capacidade de replicar os resultados dos índices aos quais estão referenciados, bem como a volatilidade com o qual conseguem atingir este resultado. Ou seja, o quão preciso e acurado os resultados do fundo conseguem replicar o resultado do índice.

Veja um exemplo abaixo para ficar mais claro. Neste caso, o fundo 1 perseguiu o índice com mais precisão e menor volatilidade que o fundo 2, tornando-se uma melhor opção do que o fundo 2, por ser mais estável.

 

Abaixo podemos mostrar um exemplo real de fundos passivos e seus resultados comparados ao índice de referencia.

Veja que o fundo BB performa abaixo do IBOVESPA, enquanto o fundo Bradesco perfoma praticamente igual ao índice IBOVESPA.

Um dos motivos que podem explicar a perfomance inferior do fundo do BB é porque este fundo cobra taxa de administração de 1% de seus cotistas, enquanto o fundo Bradesco não cobra taxa de administração de seus cotistas, apenas a taxa de custodia dos ativos que é de 0,05%.

Veja como é importante estar atento às taxas cobradas pelos fundos!

Fundos passivos podem ser convencionais, ou seja, fundos abertos que recebem captações e resgastes, ou podem ser fundos fechados.

Os fundos ativos são fundos que demandam uma estrutura de custos mais cara, pois atuam nos mercados com mais frequência e tentam superar determinado índice de referência. Estes fundos normalmente têm taxas de administração entre 1% a 2% e ainda cobram taxa de perfomance de 0% a 20% sobre o lucro que exceder o índice de referencia como um incentivo aos gestores.

Veja abaixo uma tabela-resumo, com os principais tipos de fundo e suas características:

Tipos de fundo de investimento
Tipos de fundo de investimento

 

Quais as Estratégias Disponíveis?

Dentro dos tipos de fundo citados acima, existem diversas estratégias disponíveis no mercado, com bastante margem para confusão sobre as classificações dos fundos e suas políticas de investimento.

A instrução do regulador, que visa esclarecer ao investidor as estratégias, riscos e classes tributárias de cada fundo, é um pouco confusa e, neste post, vamos tentar deixá-la um pouco mais tragável, de forma que você entenda melhor os ativos em que vai investir.

Vamos aos tipos de fundos, de acordo com suas estratégias:

  • Fundos de Renda Fixa: devem ter como principal fator de risco de sua carteira a variação da taxa de juros, de índice de preços ou ambos.
  • Fundos de Ações: devem ter como principal fator de risco a variação de preços de ações. Em seu nome tem a denominação Fundo de Investimento em Ações (FIA) .
  • Fundos Cambiais: devem ter como principal fator de risco de carteira a variação de preços de moeda estrangeira ou cupom cambial.
  • Fundos Multimercado: são fundos “coringa”, que podem ter em sua carteira diversos fatores de risco. Em seu nome tem a denominação Fundo de Investimento Multimercado (FIM)

 

Existem dois outros tipos de fundo de investimento que podem seguir qualquer uma das estratégias citadas acima, mas que possuem características peculiares, e por isso vale a pena mencionar aqui:

  • Fundos de Previdência: fundos que podem ser classificados em qualquer uma das classes acima, porém constituídos sob um domínio tributário especial e destinados a investimento de longo prazo, como por exemplo aposentadorias.

 

Entenda as diferenças entre PGBL e VGBL e aprenda a escolher uma boa previdência privada para você.

 

  • Fundos de investimento em cotas de fundos de investimento: é uma categoria de fundos que tem como foco primário investir em outros fundos de investimentos, de qualquer uma das estratégias acima mencionadas. Estes fundos têm um gestor que busca diversificar suas carteiras, utilizando acesso a um universo de fundos maior do que uma pessoa comum teria, devido ao tamanho do investimento que o fundo pode fazer. Além disso, ele pode utilizar-se de seu tamanho para conseguir descontos em taxas.

 

Veja uma tabela com um resumo dos tipos de fundo por estratégia:

Tipos de fundo de investimento por estratégia
Tipos de fundo de investimento por estratégia

Classificação dos fundos: CVM x ANBIMA

Com o objetivo de regulamentar e organizar este vasto universo de fundos de investimentos, a CVM possui normas de classificação dos fundos, que devem ser respeitadas pelos gestores. Além disso, outro regulador chamado ANBIMA soltou uma resolução complementar, que também classifica os fundos de investimento, auxiliando o investidor.

Vamos começar apresentando as denominações definidas pela CVM, depois as da ANBIMA.

Nossa ideia é que, a partir destes dados, você tenha uma visão clara das possibilidades de investimento em fundos. Mas não se assuste! São muitas opções! Respire fundo e vá até o final.

A primeira classificação é composta pelas 4 possibilidades já mencionadas acima: Renda fixa, Ações, Cambial e Multimercado. Veja a descrição conforme as normas da CVM, especificadas abaixo:

  • Renda Fixa: informa que o fundo deve ter como principal fator de risco em sua carteira a variação da taxa de juros, de índice de preços, ou ambos. Também garante que no mínimo 80% do fundo estarão investidos nestes fatores de risco.
  • Ações: determina que mais de 67% dos investimentos do fundo estarão investidos em ações negociadas em bolsa ou cotas de outros fundos de ações.
  • Cambiais: informa que no mínimo 80% da alocação do fundo estará investida em produtos que perseguem a variação cambial.
  • Multimercado: informa que o fundo deverá ter uma política de investimento que engloba diversos fatores de risco sem compromisso de concentração em nenhum fator especial.

 

As próximas classificações sempre estão associadas a uma das quatro classes acima:

  • Curto Prazo (CP): informa que o fundo terá ativos de curto prazo, com vencimento inferior a 365 dias. Fundos de Curto Prazo só podem aplicar em investimentos com baixo risco de crédito, além de não poderem cobrar taxa de performance. Outra característica deste fundo é que aplicações estarão sujeitas as alíquotas de impostos previstos na tabela de renda fixa curto prazo, conforme tabela abaixo.
Imposto em fundos de renda fixa curto prazo
Imposto em fundos de renda fixa curto prazo

 

  • Longo Prazo (LP): informa que o fundo terá tratamento tributário pela tabela de renda fixa longo prazo. Estes fundos, como o próprio nome informa, terão posições de longo prazo, além de investir em renda fixa, podem investir em outras classes de ativos.
Tabela de renda fixa longo prazo
Tabela de renda fixa longo prazo

 

  • Referenciado “Índice”: informa que o fundo tem 95% dos investimentos em ativos que acompanham direta ou indiretamente o índice referido. Um exemplo seria o BB RENDA FIXA REFERENCIADO DI TÍTULOS PÚBLICOS que acompanha o Índice DI (ou comumente chamado de CDI).

 

  • Simples: garante que terão 95% dos investimentos em risco de crédito igual ou similar a dívida pública federal, ou seja, títulos públicos. Nestes fundos estão vedadas as taxas de perfomance.

 

  • Dívida Externa: informa que o fundo detém no mínimo 80% de seus investimentos em dívida externa pública brasileira, ou seja, títulos emitidos pelo governo brasileiro em mercados internacionais.

 

  • Mercado de Acesso: informa que no mínimo 67% dos investimentos deste fundo estarão aplicados em ações voltadas ao mercado de acesso, ou seja, investe em empresas que asseguram práticas diferenciadas de governança corporativa.

 

  • Crédito Privado: informa o investidor que este fundo deverá ter no mínimo 50% do patrimônio investido em papeis de dívida não relacionados à dívida publica federal (títulos públicos), por exemplo, debentures de empresas.

 

  • Exclusivo: informa que o fundo foi constituído para uma classe especifica de investidor, “investidor profissional”, que detém uma série de dispensas com relação a regulamentações e é constituído por um único cotista.

 

  • Fundo Incentivado de Investimento em Infraestrutura: informa que o fundo está enquadrado na lei  12.431 de 2011, que isenta pessoas físicas de imposto de renda tanto nos rendimentos, quanto no ganho de capital. Também informa que investirá em ativos de longo prazo e correrá risco de crédito de empresas.

 

  • Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento (FIC) devem manter 95% de seus investimentos em cotas de outros fundos de determinada classe (Ex: Renda Fixa), exceto os Multimercados, que podem aplicar em qualquer classe. Em seu nome tem a denominação FIC (Fundo de Investimento em Cotas).

 

  • Investimento no Exterior: informa que o fundo poderá investir em ativos no exterior, diversificando sua carteira. Dentro da politica de investimento, cada fundo, deve informar em quais países e ativos ele investirá no exterior.

 

Veja uma tabela com as possíveis associações entre cada classificação:

Classificação de tipos de fundo de investimento (CVM)
Classificação de tipos de fundo de investimento (CVM)

 

Estas são as denominações da CVM, agora vamos complementar com as denominações recomendadas pela ANBIMA. 

 

Lembre-se que as denominações da ANBIMA são sugestões para os administradores e gestores, não é uma regulação, portanto você pode encontrar fundos que aderiram às regras e praticas da ANBIMA ou que não aderiram. O fato de um gestor ou administrador não ter aderido às praticas da ANBIMA não significa que o fundo não está autorizado a funcionar ou desenquadrado da regulação.

 

A ANBIMA dividiu os fundos em 3 níveis. O nível 1 se espelha na classificação dos fundos como a CVM determina. O nível 2 tenta informar o tipo de gestão, ou seja se é ativo ou passivo e por fim, o Nível  3 tenta informar qual a estratégia do gestor.

Vamos lá?

No Nível 01, encontraremos as classificações da CVM, portanto não tem muito segredo.

  • Fundos de Renda Fixa
  • Fundos de Ações
  • Fundos Cambiais
  • Fundos Multimercado

 

No Nível 02 encontraremos as denominações sugeridas pela ANBIMA para tipo de gestão:

  • Indexados: são os fundos passivos, conforme explicação acima.
  • Ativos: são os fundos ativos, conforme explicação acima:
    • Duração Baixa, Média, Alta ou Livre: denomina investimentos que aplicam em títulos com prazos curtos (Até 01 mês), médios (por volta de 2 anos), altos (maior que 3 anos) ou livres (prazo médio variável conforme a decisão do gestor).
    • Alocação: utilizam a estratégia de Asset Allocation, que nada mais é que uma estratégia que busca criar um universo de ativos e alocar de forma matemática, buscando o maior retorno com o menor risco.
    • Por Estratégia: seguem politicas e estratégias de investimentos desenvolvidas pelos gestores tentando performar melhor do que seus índices de referência.
  • Investimento no Exterior: esta estratégia normalmente é uma estratégia ativa, porém não é uma certeza.;:

 

No Nível 03 encontraremos as denominações sugeridas pela ANBIMA para o tipo de estratégia. Respire fundo e vamos lá novamente! São 23 classificações diferentes e ao final, montamos uma nova tabela com um resumo mais visual.

 

  • Soberano: investe em títulos públicos da dívida brasileira.

 

  • Grau de Investimento: contém uma carteira com dívida corporativa com baixo risco de crédito.

 

  • Crédito Livre: pode investir em títulos da classe Soberano, Grau de Investimento e outros títulos corporativos que não necessariamente tenham baixo risco de crédito. Estes fundos são mais arriscados, porém prometem maior retorno.

 

  • Investimento no exterior: informa que o fundo poderá investir em ativos no exterior, diversificando sua carteira. Dentro da politica de investimento, cada fundo, deve informar quais os países e ativos que ele investirá no exterior.

 

  • Divida Externa: informa que o fundo detém no mínimo 80% de seus investimentos em dívida externa pública brasileira, ou seja, títulos emitidos pelo governo brasileiro em mercados internacionais.

 

  • Simples: garante que terão 95% dos investimentos em risco de crédito igual ou similar a dívida pública federal, ou seja, títulos públicos. Nestes fundos estão vedadas as taxas de perfomance.

 

  • Balanceados: utilizam asset allocation e não permitem alavancagem.

 

  • Dinâmico ou Flexível: utilizam asset allocation e permitem alavancagem.

 

  • Macro: fundos multimercado que investem em diversos fatores de risco (ações, renda fixa etc) com base em fundamentos macroeconômicos (análise fundamentalista) e buscam retornos de longo prazo.

 

  • Trading: fundos multimercado que investem em diversos fatores de risco buscando oportunidades de curto prazo.

 

  • Long/Short – Direcional: montam posições direcionais em renda variável, compradas ou vendidas. Posições compradas são aquelas que se beneficiam da alta nos papéis, já as posições vendidas são aquelas que se beneficiam da queda dos papéis. Ou seja, o gestor terá uma salada de investimentos, entre posições compradas e vendidas, mas a soma não será zero, ele estará posicionado com alguma direção, comprado ou vendido, na bolsa como um todo.

 

  • Long/Short – Neutro: estes fundos buscam oportunidades de retornos em desequilibro entre preços de ações, tomando posições compradas (apostam na alta) em algumas e posições vendidas (apostam na baixa) em outras. Porém, não podem ter exposição direcional maior do que 5% do patrimônio do fundo.

 

  • Juros e Moedas: estes fundos buscam rendimento de longo prazo apostando em movimentações em fatores de risco como juros e câmbio, vedada a aplicação em renda variável (ações).

 

  • Capital Protegido: fundos que buscam retornos em mercado de risco, porém utilizam estratégias com derivativos (como opções) para proteger o capital investido pelo cotista. Seria o equivalente a dizer que o fundo abre mão de parte do retorno para comprar um seguro que garanta o capital investido do cotista.

 

  • Livre: como o próprio nome diz, este fundo é livre, não possui compromisso com nenhuma estratégia especifica.

 

  • Valor/Crescimento: esta estratégia busca identificar oportunidades em ações de empresas já consolidadas que estejam sendo negociadas abaixo de seu valor justo, com base no(s) modelo(s) de mensuração de empresas do gestor (Estratégia Valor), ou oportunidades em ações cujo potencial de crescimento seja exponencial (Estratégia Crescimento).

 

  • Setoriais: fundos que têm em sua politica de investimento um ou mais setores específicos nos quais pretende alocar seus recursos, como por exemplo, setor de mineração, financeiro entre outros.

 

  • Dividendos: fundos que priorizam ter em sua carteira empresas com baixa capacidade de crescimento, porém pagam alto valor de dividendos anualmente a seus sócios.

 

  • Small Cap: fundos que investem em empresas de baixo valor de mercado. Especificamente precisam investir no mínimo 85% em empresas que não estejam entre as 25 maiores empresas do índice IBrX.

 

  • Sustentabilidade/Governança: fundos que investem em empresas com bons níveis de governança corporativa e sustentabilidade empresarial. Em sua politica de investimentos, o gestor deve especificar quais os critérios estabelecidos para escolha destas empresas, por exemplo, reconhecimento de alguma entidade em relação as suas praticas de gestão.

 

  • Índice Ativo: fundos com gestão ativa que perseguem determinado índice, porém tentam superá-lo com investimentos táticos e oportunismos.

 

  • Índices: são fundos passivos que têm como objetivo espelhar determinado índice informado em sua política de investimento.

 

  • Cambial: são fundos em que no mínimo 80% da alocação estará investida em produtos que perseguem a variação cambial.

 

Agora veja a tabela com um resumo das classificações da ANBIMA e as corretas associações entre elas:

Classificação de tipos de fundo de investimento (ANBIMA)
Classificação de tipos de fundo de investimento (ANBIMA)

 

Nomes dos fundos: uma pista sobre suas estratégias

Quando você lê o nome de um fundo, você pode ter pistas sobre qual a sua estratégia, sua classificação tributária, restrições de investimento, o tipo de fundo, entre outros. Isso por que a instrução do regulador obriga que, na constituição do fundo, o administrador atenda a pré-requisitos ao nomeá-lo, informando o investidor qual a estratégia que o fundo vai desempenhar. Neste capítulo vamos te ensinar a extrair informações relevantes dos nomes dos fundos, economizando tempo. Mas lembre-se, você não encontrará tudo o que precisa apenas com o nome do fundo, as informações da lâmina e do regulamento são fundamentais para te auxiliar na escolha.

Vamos dar um exemplo:

SANTANDER PERFORMANCE FIX RENDA FIXA LONGO PRAZO

Este fundo indica que o gestor é o Santander, mas repare que existem no nome dele as palavras  “Renda Fixa” e “Longo Prazo”.

Renda Fixa já nos informa que o fundo deve ter como principal fator de risco de sua carteira a variação da taxa de juros, de índice de preços, ou ambos. Também garante que no mínimo 80% do fundo estará investido nestes fatores de risco.

Longo Prazo nos informa que o fundo terá tratamento tributário pela tabela de renda fixa regressiva (imagem abaixo).

Tabela regressiva de IR - renda fixa

Tabela regressiva de IR – renda fixa

Agora veja abaixo alguns exemplos reais de fundos e seus nomes, respeitando a classificação da CVM e da Anbima. Isso vai facilitar bastante o primeiro filtro que você vai fazer ao buscar opções de fundos de investimentos.

 

  • Renda Fixa Simples:

BB RENDA FIXA SIMPLES FUNDO DE INVESTIMENTO

 

  • Renda Fixa Grau de Investimento:

MULTINVEST GRAU DE INVESTIMENTO FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA

 

  • Ações Sustentabilidade/Governança:

BRADESCO FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

 

  • Ações Indexados:

BB CAP IBOVESPA INDEXADO FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES

 

  • Ações Small Cap:

ÁGORA SMALL CAPS INDEX FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES

 

  • Ações Setorial:

BB TOP AÇÕES SETORIAL CONSUMO FUNDO DE INVESTIMENTO

 

  • Ações Crescimento:

BRAM FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES CRESCIMENTO

 

  • Ações Valor:

OCEANA VALOR MASTER FUNDO DE INVESTIMENTO DE AÇÕES

 

  • Ações Dividendos:

SANTANDER FIC FI DIVIDENDOS AÇÕES

 

  • Ações Livre:

CULTINVEST VALOR – FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES LIVRE

 

  • Multimercado Dinâmico (Flexível):

MANAGER MZK DINAMICO FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO

 

  • Multimercado Balanceado:

BB TOP MULTIMERCADO BALANCEADO FUNDO DE INVESTIMENTO LONGO PRAZO

 

  • Multimercado Macro:

ADAM MACRO STRATEGY MASTER FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO

 

  • Multimercado Trading:

PLATINA TRADING FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO

 

  • Multimercado Long Short Direcional:

SANTANDER STAR LONG & SHORT DIRECIONAL MULTIMERCADO FI

 

  • Multimercado Juros e Moedas:

BB TOP JUROS E MOEDAS LP FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO

 

  • Multimercado Capital Protegido:

BNP PARIBAS CAPITAL PROTEGIDO II FI EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO

 

  • Multimercado Livre:

BANRISUL MULTIMERCADO LIVRE FUNDO DE INVESTIMENTO LONGO PRAZO

 

Conclusão

Agora que você já é praticamente um especialista em tipos de fundos de investimentos, deu pra perceber que o que não faltam são opções e estratégias diferentes, certo? Isso pode ser bom, mas às vezes acaba dificultando a nossa escolha… São tantos fundos, com pequenos detalhes que fazem muita diferença, que acabamos ficando sem reação frente a tanta informação.

Calma! O importante é que você já deu o primeiro passo e já sabe por onde navegar quando o assunto é “Fundo de investimento”.

O próximo passo é fazer as suas escolhas!

 

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